domingo, 18 de janeiro de 2009

O ESCRITÓRIO


Procura-se espaço. Encontra-se. Vê-se e revê-se contratos. Negoceia-se, avança-se e recua-se. Entretanto, inicia-se a procura do equipamento adequado. Porque tudo tem de ser ao gosto de quem dele irá usufruir, a escolha torna-se difícil. Surgem as despesas que não se previram e as preocupações aumentam. É este o processo moroso e complicado de um escritório em surgimento: O meu novo escritório, em associação! Constatei já que o simples facto de se criar uma estrutura é bem mais complicado do que a profissão que nela se quer exercer. E são estes choques e preocupações que tornam este desafio tão… aliciante! Sim, aliciante é o termo correcto pois tudo isto tem sido mais entusiasmante que nunca.
É claro que desejo ser bem sucedido nesta nova etapa. Talvez seja a derradeira etapa até, falando num plano profissional. Tenho de acreditar nos projectos que abraço. Mas ainda que, nos primórdios, não alcance o sucesso imediato, tenho na bagagem alento suficiente para não esmorecer. Sinto-me com força mais do que suficiente para ultrapassar todos os obstáculos que irei enfrentar. E dou assim a conhecer aquilo que andarei a fazer nos próximos tempos…
Em Fevereiro, como espero…

sábado, 10 de janeiro de 2009

AS SOON AS POSSIBLE, PLEASE...

The Oudemarkt - Leuven


People use to say that one image is more than a thousand words...


Waiting desperatly for this moment, i hope there's no need of translation for this post...


X
p.s.: Don't ask for a Porto wine. I'll bring something better with me...

sexta-feira, 26 de dezembro de 2008

PREVENÇÃO OU REPREENSÃO?


Fico maravilhado com o conceito de prevenção em Portugal. Então no que toca à prevenção rodoviária deixa-me em estado de absoluto delírio. A elevada taxa de sinistralidade nas estradas deste país é um facto presente, conhecido e que requer alguma intervenção - não se nega. Mas a intervenção que se nota é tão ou mais grave que a elevada taxa dos sinistros que se pretendem evitar e, mais grave do que isto, é o apelidar dessa acção de "prevenção".

Comparativamente falando, em diversos países, mesmo em alguns reputados de "menos desenvolvidos", o conceito de prevenção rodoviária atinge derivações bem distintas do nosso. Tomemos, a mero título de exemplo, no controlo da velocidade. As acções a tomar, nesses outros países que não o nosso e neste campo de prevenção, destinam-se, efectivamente, a demover o condutor de praticar a referida infracção. Serve como exemplo a colocação, na berma da estrada, de "veículos" da autoridade reguladora do trâfego feitos de cartão, que provocam no condutor a ideia de um veículo real e que o obrigam, instintivamente até, a reduzir a velocidade. Apesar do carácter rudimentar desta medida, o facto que ela é eficaz e não será por certo uma exorbitância na despesa pública. Uma outra medida a aplaudir consiste na circulação de 2 veículos da BT em simultâneo, no mesmo sentido de marcha, a uma velocidade de 120 km\h e separados por uma distância de 5 ou 10 km entre eles. O trânsito efectuado entre estes 2 veículos nunca poderia ser feito a uma velocidade muito superior a 120 km\h. Uma outra sugestão, facilmente aplicável no nosso país de brandos costumes, consiste no simples anúncio público de colocação de radares em todas as placas ou sinais de trânsito existentes na berma das auto-estradas. E tal nem seria necessário cumprir: bastaria a colocação de alguns radares, alternando-se o local da sua colocação, para criar a dúvida no condutor sobre o local exacto dos radares, naquele dia e hora específicos. Ou seja, são estas concretizações de facto de um conceito de prevenção ipsis verbis, que um sentido cívico, que tanto é ausente nas estradas de Portugal, não poderá ignorar.

Posto isto, teremos nós um conceito meritório de prevenção rodoviária? A resposta a esta questão resume-se na colocação de um veículo da Brigada de Trânsito, por vezes num caminho de difícil acesso a automóveis, escondido por detrás de uns ramos de árvores e com uma câmara apontada à auto-estrada, com o intuito de captar o condutor a transgredir. Mais adiante, está um outro veículo a ordenar a paragem do(s) condutor(es) infractor(es), após informação enviada pelo veículo "escondido". Vai-se jogando ao jogo do gato e do rato nas estradas de Portugal, e a isso se dá o nome de prevenção. "Absolutamente fascinante", é o que me ocorre dizer! Até na prevenção da condução sob efeito de álcool o espírito reina. Srs. Agentes, será que vocês não conhecem mesmo os locais da noite em voga? Não seria muito mais instrutivo, ético, cívico e, logo, preventivo, destacar agentes para a porta das discotecas e facultar aos cidadãos a hipótese realizar o teste, antes mesmo de estes entrarem nas respectivas viaturas? Perece-vos muito mais digno esconderem-se numa rotunda e surpreenderem o condutor, sem que este tenha exacta noção da infracção que está a cometer? A isto vai-se apelidando de imperativos de prevenção. Pois a mim mais me parece ser legítimo falar-se de "actuação na infracção". E nem a óptica economicista me convence porquanto a situação descrita terá sempre de ser considerada "receita extraordinária" no orçamento de Estado. Ou seja, "prevenção" em Portugal é ficar subrepticiamente a aguardar que o cidadão infrinja. Um conceito verdadeiramente original, o que me faz tirar o chapéu a tamanho brilhantismo...

Espero não ter de apresentar os meus documentos pelo simples facto de estar a escrever este post!

sábado, 20 de dezembro de 2008

APROVADO!!!


A

C

A

B

O

U

!!!


Fica o sentimento de missão cumprida. É com este grito libertador que se anuncia o "Aprovado" que constou do carimbo da badalada prova de fogo que decorreu ontem, 19 de Dezembro de 2008, pelas 16 horas. Foi o terminus de 3 anos e 10 meses de momentos de profunda angústia, desespero, grandes amizades, grandes frustrações, de emoção e de tédio. Foi o final feliz de quase 4 anos de toda esta mescla de sentimentos contraditórios, que caminharam em convergência e constituiram o conteúdo de algo que foi demasiado. Sim, "demasiado" é a palavra mais condizente com a descrição do estágio aqui causa. É um conceito suficientemente indeterminado, capaz de abarcar todos os excessos incompreensíveis que são cometidos. Por isso, este grito, mais que a ilustração de um estado de puro contentamento, é o espelho fiel de um sentimento de profundo ALÍVIO. Havia um peso tremendo que ia incidindo sobre mim e que desapareceu com aquele "aprovado". Certo de que os bons momentos, aquilo que de mais positivo retirei destes 3 anos e 10 meses, ficará para sempre comigo com uma menção de sincero agradecimento. E o que de mau fui enfrentando... também ficará... Para que me ajude a reflectir antes de correr o risco de me meter noutra igual...

Permito-me ainda, porque é de todo merecedor que o faça, mandar neste post uma mensagem de puro agradecimento a todos aqueles que me apoiaram. Notei - e, acima de tudo, reputei por sincero - o sentimento de aliança em todos aqueles que me foram endereçando mensagens de "boa sorte" e de "parabéns". A todos vós digo-vos que nestes momentos é vital enfrentar as adversidades com um espírito de confiança e motivação. E como vocês foram importantes na tarefa de me incutir este espírito! Como me tocaram as lágrimas da minha mãe ao telefone quando lhe transmiti aquele "aprovado"! Neste campo, penso que não poderia estar mais preparado para enfrentar aquele juri. E o mérito foi todo vosso, o que complica seriamente a minha obrigação de vos retribuir.

Por último, o devido depois do prometido. Conforme havia anunciado no primeiro post deste blog, este associa-se ao momento do seu Autor e altera as suas cores, o seu pano de fundo. Os tais "tons de azul" de que falavam os Radio Macau, querendo pintar o céu...


UM SINCERO OBRIGADO!

sábado, 13 de dezembro de 2008

EM REMODELAÇÃO


Assim será até ao próximo dia 19. O "A Páginas Tantas" encerrará as suas portas até à referida data, com a promessa de que serão apresentadas importantes novidades quanto ao futuro do Autor deste blog. O "evento" marcante, ainda que eu não o indique, é facilmente apreendido por quem se deu ao trabalho de ler certos e determinados posts que daqui constam. É tempo de concentração, de apontar baterias para um objectivo verdadeiramente decisivo...

Até 19 então!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

AINDA A SONDAGEM


Ficou a vitória, com sabor amargo. Faz-se aqui o público "mea culpa", reconhecendo-se que esta era uma meta demasiado exigente... Para o ano fica a promessa de que o objectivo será chegar ao cortejo, no Campo de S. Mamede.
E por ora, os calos nas mãos não me permitem que diga muito mais. Exceptuando que, mais uma vez, gostei.
Cumprimentos e dos melhores!

quinta-feira, 27 de novembro de 2008

NICOLINAS


O Pinheiro aproxima-se a uma velocidade estonteante. Enquanto escrevo estas palavras absorvo o rufar das caixas e dos bombos que se ouve ao longe, nos últimos dias de afinação dos instrumentos para que tudo esteja "o.k." no Dia D, 29/11. Sou ainda mais fã das Nicolinas do que da Geração Spectrum, ainda que aquelas só tenham lugar uma vez no ano e em data certa. Todavia, empolgo-me ao saber que está a chegar o dia de histórias memoráveis em que até os próprios protagonistas... se esquecem! Sim, não é fácil, nem estará ao alcance de qualquer mente brilhante, recordar-se da noite de 29 de Novembro, em Guimarães. Mas porque toquei acidentalmente neste assunto, há um episódio que poucos se esquecerão. É a excepção portanto, essa, que vem sempre confirmar a regra...

Isto posto, há 2 anos atrás, no meio do cortejo do Pinheiro, encontrei o meu amigo João Miguel no Largo do Toural mesmo em frente à Cervejaria Martins. Nesta data, o meu amigo João Miguel já estava emigrado em terras de Sua Majestade, Queen Elizabeth. Rejubilei com a sua aparição como seria de esperar. Primeiro porque é meu amigo e não o via há bastante tempo. Segundo porque pude constatar que ele tinha sobrevivido em terras onde se come peixe com batatas fritas, apesar de ele estar alguns 10 quilos mais seco. Por último, but not the least, porque o meu amigo João Miguel, sendo emigrante e vimaranense, não optou por visitar a sua terra mãe nas Festas Gualterianas, ao contrário do que o protótipo da espécie em causa faria prever. João Miguel, homem de bom tom, escolheu o Pinheiro. Nós, A Páginas Tantas, dizemos: "escolheste bem!".

Mas se a sua escolha não sofre qualquer tipo de contestação, a sua atitude quando me reencontrou requer outro tipo de análise. Como se disse, João Miguel encontrava-se emigrado em terras de Sua Majestade, Queen Elizabeth. E no dia 29 de Novembro de 2006, João Miguel encontrava-se, não emigrado, mas embriagado nas terras de Sua Majestade, D. Afonso I. Bastante embriagado. Podre de bêbado vá lá... Quando me viu, João Miguel soltou nada mais nada menos do que isto: "Rigga (Entoação que deu à minha alcunha - Rica - possuído por sensivelmente 13% de teor alcoolico)!!! Meu amigo, como tás?! Que queres que eu dou-te? Queres camarão? Eu dou-te camarão!!! Vou ali dentro (cervejaria Martins) e trago-te finos e camarão!!!". Estou convencido de que, naquele momento, conseguiria obter do meu amigo João Miguel tudo o que quisesse. Se lhe dissesse que queria o Palácio da Pena só para mim, estou em crer que o meu amigo João Miguel se metia no carro e me conduziria até ao cartório notarial de Sintra para celebrar a respectiva escritura pública. Ainda assim, porque não queria arruinar a vida de sucesso do meu amigo na Velha Albion e porque nem tão pouco tive hipótese de lhe pedir o que quer que fosse, não o impedi de se dirigir para o interior da cervejaria Martins com a ideia fixa de me inundar de cerveja e camarão. Só rezava para que o camarão viesse já descascado...

Contudo, os seus intentos foram literalmente barrados por 2 seguranças que estavam destacados para manter a ordem na entrada da cervejaria. Para seu azar, no momento em que João Miguel se apresentava a atravessar a porta, viu-se no meio de um "sururu" que entretanto ali se gerou. Resultado, crente de que o João Miguel era parte integrante daquele desaguisado, um dos seguranças "ofereceu" ao João Miguel aquele ESTALO SECO, DE MÃO ABERTA, VERGONHOSO E MONUMENTAL, que o fez recuar do interior da cervejaria. Digamos que o João Miguel fez ricochete portanto...

Consequentemente, o João Miguel ausentou-se da minha beira e regressou numa fracção de escassos segundos. Reapareceu SORRIDENTE (!!!) e disse: "Hey, acabei de levar um estaladão! (risos, risos, risos e risos, e por aí além)". Os finos e o camarão? Esses nem vê-los...

Concluindo, numa parceria inédita com o Centro de Sondagens da Universidade Católica, o A Páginas Tantas lançou o inquérito apresentado na parte superior direita deste blog, questionando os interessados a responder se o João Miguel irá comer novamente um estaladão dos seguranças da cervejaria Martins. É oferecida uma vasta gama de respostas capazes de abarcar a quase totalidade das situações que poderão ocorrer. A identidade dos inquiridos não será revelada. Por fim, este blog entende que votar é um direito, bem como um dever cívico. Pelo que se apela ao leitor que vote, que se abstenha de ser abstenção.

Vamos a votos!